Espaço indefinido, contra os meus princípios, contra o que já sou. Mergulharei em um oceano profundo, talvez possa me sentir viva, limpa e em paz.A paz essa figura estranha que some das minhas mãos em frações de segundos, tudo indica que ela possa voltar, mas não em breve. Essa leve angústia que sufoca o meu peito, esse choro preso, me vejo correndo entre bosques totalmente sem rumo, nem castelos, vejo apenas lama, sujeira e uma leve neblina. As situações não respiram, elas não sentem, elas não vivem somos apenas vítimas que se encontram solitárias em seu próprio mundo, mundo estranho e confuso. Longe de tudo e de todos nos mostramos frágeis e patéticos, preso a sociedade somos ignorados e corrompidos. Seguiremos em segurança, um dia, apenas um momento para respirar e poder dizer que já não faz mais parte desse mundo.
Corvos iram lamentar nossa partida com margaridas, o som do vento batendo nas árvores será mais calmo, um barulho qualquer, um choro de algum querido e nada mais, porque não somos feitos concreto, não precisamos de muito material em plastificado a nossa volta, precisamos apenas de paz que vem e vai e possa ser que só retorne na partida, mas sem volta.
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Sentirei saudades dos beijos não correspondidos
Dos momentos perdidos
e de uma vida alegre
Pois não os concretizei
Nada foi recíproco
Minha alma flácida, morta e angustiante chora e contempla
O doce desejo que tanto tentei realizar e só com um
leve embalo é que se tornou real
Não estou mais aqui, já não existo
Estou insatisfeito com os tempos onde reinei de forma inconveniente
Não encontro paz nesse asilo, não encontro o amor que julgava existir
Só ouço sua voz e teu choro clamando para que eu volte
Mas nem tudo é como esperamos,
nem tudo é como sonhamos
Apenas não posso mais senti-la como antes
Seja feliz longe de mim.