terça-feira, 15 de julho de 2008

Falta ;]

Falta um pouco de mim dentro de você
Falta olhares e afetos
Falta um pouco de conversa, brigas e desentendimentos
Falta, simplesmente faz falta
Falta as muitas palavras desconcertantes
Falta amor
Falta desejo
Falta, faz muita falta
Sempre esperei por um pouco mais
O pouco que antes tinha e que eu repreendia
Hoje faz falta
A atenção exarcebada, as conversas loucas, os descobrimentos
Faz uma enorme falta
Dentro de mim
Dentro de você
Simplesmente falta.

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Seu aspecto


Nos teus olhos
No teu gosto
Seu aspecto sombrio que fascina
Completa-me por instantes
Tua voz que me guia para a escuridão
Todos os vestígios deixados pelo caminho
Não há mais, não há
Dentro de olhares perdidos
Reflexos invertidos
Pensamento inconstante
Palavras soltas
Alguns gestos
Nenhum sentido
Nenhuma vida
Não há mais, não há
Dentro de alguns instantes eu o vi, andando pelo salão transbordando de felicidade, por quê ?
Sou mais uma alma sem sentido, tuas juras, teus pedaços em mim, minha vida em você.
Seus olhos distantes
Tua boca seca, teu sorriso doentio
Não há mais, não há
Meu coração chora, minha mente bloqueia
Só existe você
Não existe ninguém
Só restam as lamentações
Não há absolutamente mais nada pra mim
Meus sentidos se foram
E eu simplesmente digo que o odeio, meu amor.

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segunda-feira, 7 de julho de 2008

Confesso que estive aqui por muito tempo, mas sem muito amor. Minha senhora morreu já faz alguns anos, e eu já me deparei com diversas situações constrangedoras, mulheres sem nenhum pudor tentam conquistar meu coração, como me irrita profundamente, tento explicar que meu coração pertence à senhora, mas elas não me entendem, pois bem que queimem no inferno malditas. Por muito tempo senti-me assim isolado e era bom, porém um dia em meus passeios resolvi parar em um salão, não sei por que, mas estava lá, faminto pelas devassas, meu coração estava cheio de amargura e já não queria mais essa castidade pra vida inteira, pobre da minha senhora que não tenha estado lá naquele momento, sei que sou impuro , sei que comprometi um grande amor. A Antonieta quão perfeita ela, meretriz que fazia os olhos de todos, inclusive os meus, seu corpo, seu cheiro, tudo era um encanto, não ocorreria mais, prometi a mim mesmo só que se tornou impossível, virou um vício. Como todos os outros dias eu lá estava e como de costume fui procurar minha preferida, sentia meu coração arder toda vez que a via, eu sou apenas um pecador, devo ser jogado no inferno, traindo a confiança do meu grande amor e sentindo paixões por uma meretriz, e que linda meretriz, esse doce veneno que me destrói lentamente. Não podia ser verdade essa minha péssima conduta levou-me a uma paixão por uma concubina,que com certeza não corresponderia, como eu sou um bobo desgraçado, pela sua própria vida e falta de sorte. E eis que surge a maravilha, a dama que me desonra, que me protege em seu leito, tudo estava sendo rápido demais eu a larguei por alguns instantes e comecei a refletir, ela com uma voz carinhosa pousou suas mãos sobre meu ombro e perguntou: Vamos fugir?

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sábado, 5 de julho de 2008

Sonhos


Espaço indefinido, contra os meus princípios, contra o que já sou. Mergulharei em um oceano profundo, talvez possa me sentir viva, limpa e em paz.A paz essa figura estranha que some das minhas mãos em frações de segundos, tudo indica que ela possa voltar, mas não em breve. Essa leve angústia que sufoca o meu peito, esse choro preso, me vejo correndo entre bosques totalmente sem rumo, nem castelos, vejo apenas lama, sujeira e uma leve neblina. As situações não respiram, elas não sentem, elas não vivem somos apenas vítimas que se encontram solitárias em seu próprio mundo, mundo estranho e confuso. Longe de tudo e de todos nos mostramos frágeis e patéticos, preso a sociedade somos ignorados e corrompidos. Seguiremos em segurança, um dia, apenas um momento para respirar e poder dizer que já não faz mais parte desse mundo.

Corvos iram lamentar nossa partida com margaridas, o som do vento batendo nas árvores será mais calmo, um barulho qualquer, um choro de algum querido e nada mais, porque não somos feitos concreto, não precisamos de muito material em plastificado a nossa volta, precisamos apenas de paz que vem e vai e possa ser que só retorne na partida, mas sem volta.



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Sentirei saudades dos beijos não correspondidos

Dos momentos perdidos

e de uma vida alegre

Pois não os concretizei

Nada foi recíproco

Minha alma flácida, morta e angustiante chora e contempla

O doce desejo que tanto tentei realizar e só com um

leve embalo é que se tornou real

Não estou mais aqui, já não existo

Estou insatisfeito com os tempos onde reinei de forma inconveniente

Não encontro paz nesse asilo, não encontro o amor que julgava existir

Só ouço sua voz e teu choro clamando para que eu volte

Mas nem tudo é como esperamos,

nem tudo é como sonhamos

Apenas não posso mais senti-la como antes

Seja feliz longe de mim.