Venha! Destroça-me com tua arrogância
Libera as chagas cravadas no teu peito
Conserta o teu destino sem afetos
Retoma na minha presença a infância
Perceba os males dessa ganância
Que só nos fez destruir a paz
Não resolva voltar atrás
Nem tema a leve constância
Rasga da garganta essas facas cravadas
Deixe-me limpar tuas leves marcas
Elas hão de cicatrizar,
Mas ficarão contigo como lição deverás
Passarás a ser anjo e não mais fera
Descobrirá que em toda essa selva
A uma enorme chance de voltar a sonhar
Sem anseio do passado sórdido
Esquecerás o quanto foi ignóbil
Flutuará na mais terna brandura
E alimentará sua alma resoluta
Esquecendo o que é ser bruto
E sem privar-se de ser o mar.
4 comentários:
Temo aqui uma Roberta poeta!
Bem, tomara que cada vez mais as chagas e facas encravadas estejam no passado e que a força seja usada somente nas palavras!
Bom futuro! Bjs
nossa, muito bonito seu poema, assim como os anteriores!
Bem forte, palavras imponentes.
Não sou muito chegado a versos, mas gostei dos seus, talvez eu tenha me identificado, não sei...
até logo o/
Gostei dos poemas. O jeito que escreve e se expressa. Siga sempre assim mostrando o que de melhor você faz, pois o talento nunca deve ficar guardado, devemos mostrar para todos.
Voltarei sempre que puder.
Que lindo, Ro!
A cada dia, melhor!
;)
Beijoos!
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