terça-feira, 7 de abril de 2009

Borboletas na vida de Fernanda


Dentro do quarto, Fernanda chorava por não ter tido tempo de salvar a borboleta que morreu na sua janela. Ficou observando o inseto colorido durante horas, tendo desejo de lhe devolver a vida. Tocou nas asinhas coloridas, mas não adiantava a pequena borboletinha já havia partido.
Com muito cuidado pegou-a e foi perguntar para a mãe o motivo daquele ser tão lindo não está mais vivo.
- Mãe, olha só o que aconteceu com essa borboletinha...
- O que foi Nanda?
-Ela morreu mamãe! Como faz pra ela voltar?!
-Não faz nada, queridinha... Não faz nada...
-Mas por quê?
-Ora, ora Nadinha... Como irei te explicar isso.
-Hum... Acho que já sei, venha para a varanda comigo filha...
- Está vendo todas essas coisas ao nosso redor?
-Estou...
-Pois bem, tudo na nossa vida possui uma finalidade. Chega um momento em que já cumprimos tudo o que deveríamos fazer, nisso a vida tem que seguir o seu rumo. Com sentimento de tarefa cumprida, nos despedimos desse mundo.
- Mas por que tudo tem que ser desse jeito? Por que temos que cumprir algo? Por que outras pessoas não fazem isso?
- Nós possuímos vontade de conquistar algo, e cada ser vivo possui um determinado tempo. Quando já estabelecemos todas as metas, já é tempo de repousar.
- Mas por que a borboleta foi embora? Eu ainda queria observá-la voar!
- Fernandinha, a borboleta precisava seguir um rumo, você deve seguir o seu. Não é por que você ainda terá muita coisa para observar, que já não tenha acontecido o mesmo com ela.
-Está vendo aquela árvore filha?
-Estou.
-Desde muito antes de tu nasceres ela já estava ali, nela moram uma infinidade de coisas. Mas o seu tempo um dia irá chegar, ela está nos proporcionando milhares de coisas. Porém quando ela terminar a sua jornada nesse mundo ela irá embora.
-Não devemos nos apegar a nada demasiadamente, tudo tem o seu limite, o certo é preservar, manter. Mas quando não há razão para isso, deixamos cada coisa tomar o seu rumo.
Nesse momento Fernandinha saiu correndo foi para debaixo da árvore. Observou a borboleta que estava em sua mão, e disse:
- Um dia irei terminar a minha meta nessa vida, e quando chegar esse dia talvez eu possa voltar a ti observar. Adeus minha amiga passageira!

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