Em nuvens ouso saltitar, na ponta dos pés rodopio no céu pois lá não há ser algum para me tocar, me enganar, não há ninguém. Posiciono meu compasso ao som das aves que lá circulam e de acordo com o vento que me arrasta sem pressa para outros palcos brancos sigo flutuando. Na copa das árvores as vezes desço na sintonia dos animais silvestres ou em quedas d'água que se encontram isoladas do toque humano. Pois é na fuga que eu me revelo, é nesse momento em que eu danço.
A dança que me faz sonhar, sentir viva e voar. Aos céus subo com imensa gratidão brincando com as gaivotas, andorinhas e outras aves, dançamos juntas e por muito tempo. Mas como o tempo corre, logo tenho que voltar a rotina e é longe de onde eu realmente vivo que sofro cada dia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário