Esse post foi inicialmente colocado no blog Páginas Vermelhas, que também é meu apesar de lá eu escrever com um pseudônimo, então, como eu não venho postando muito no Páginas Vermelhas e achando interessante para esse blog colocar a informação 'de lá pra cá' sobre esse livro maravilhoso! Sejam bem vindos ao Moulin Rouge!
Confesso que há uns dois anos atrás eu não fazia a mínima ideia de quem fosse. Claro que eu já tinha algum conhecimento do pós-impressionismo, porém, nunca havia tido contato com nenhum material que pudesse me transportar para o final do século XIX e início do século XX. Em um belo dia, visitando um sebo da cidade, me deparei com uma raridade sem limites o livro: Moulin Rouge, a princípio eu pensei que fosse encontrar toda aquela fantasia, amor e uma mocinha que morre no final como acontece no filme e ousei levar para casa, porém, a diversão foi absolutamente surpreendente. Esquecendo todo o glamour que permeia nessas telas hoje em dia você vivencia o submundo dos vícios, pobreza e prostituição que circundavam aquela época onde um novo ritmo de dança estava começando a surgir o famoso: Cancan. A obra artística de Toulouse é basicamente a busca pelos movimentos e, através da dança e bailarinas que tanto o fascinava, transportava cores e posições inusitadas para suas telas e cartazes conseguindo chocar a população francesa da época, mas, ao mesmo tempo, abrindo espaço para uma intensa divulgação do Cancan conseguindo, inclusive, projetar determinadas dançarinas ao estrelato dos teatros. Com toda essa alegria que o rodeava havia também a tristeza com a qual sua vida foi envolta, pois, devido a uma distrofia nos membros inferiores seus relacionamentos não foram bem sucedidos, já que, sua baixa estatura provocava aversão nas mulheres, esse paradoxo também é abordado no livro, o que nos faz refletir que inclusive nos grandes artistas consagrados hoje, o preconceito existia no passado. Sua obra a princípio foi considerada vil e repudiada, porém, como começou a elevar o Cancan vários grupos da alta sociedade que cultuavam a arte na época passaram a requisitar sua presença em rodas o que, talvez, levou a Toulouse adotar um estilo excêntrico ao se vestir que, de certo modo, compunha todo o seu vazio e a perseguição pelo material e fútil que existia em sua época.
(As imagens são diferentes por causa da incompatibilidade em redefinir o tamanho)
Toulouse-Lautrec. Le Lit.
Henri de Toulouse-Lautrec possuía descendência nobre e seu pai ansiava que ele tivesse sido um cavalheiro que fosse a sua semelhança, porém, com a distrofia nos membros inferiores, o rumo desse jovem foi modificado, pois, com isso, passou a dedicar maior parte do seu tempo a arte.
Toulouse-Lautrec. La Toilette, 1896.
O livro foi escrito por Pierre La Mure que, por sinal, retrata de forma exímia as características e emoções presentes na vida desse artista que foi rodeado por outros ilustres nomes como Van Gogh e Oscar Wilde.
2 comentários:
Nnnão podemos esquecer o grande momento que Lautrec participou "art nouveau" início de uma nova forma de arte que até os dias de hoje mantem influencia consideravel.
Parabens pelo texto.
Henry
Olá!
Não conhecia o seu blog e "esbarrei" nee enquanto fazia uma rápida pesquisa sobre o Toulouse-Lautrec! Gostei bastante do post e da resenha!
Seu blog é bastante interessante e pelo que pude ver pelo que escreveu em seu perfil, temos em comum o fato de gostar de "A Sombra do Vento", do Carlos Ruiz Zafón. Desde já, digo que adorei o blog e que vou seguir, tá?
Abraço,
Michas
http://michasborges.blogspot.com
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