Era uma noite de sábado, tudo parecia perfeitamente normal para mim, para qualquer um. Estávamos tão alegres, desfrutando de momentos preciosos, a nossa brilhante juventude. Já se passaram 10 anos depois do acidente na avenida Prado Cruz e ainda recordo dele me empurrando e gritando, afirmando que me amava, foi tudo tão rápido, nem sei como começar a contar direito, ainda me sinto fragilizada com aquele acidente. Estávamos comemorando o seu aniversário, Antônio tinha 20 anos e eu possuia 19, havia dois anos que namorávamos. Começamos a nos divertir como na maioria das festas que participávamos, ele sempre foi um ótimo namorado, sempre romântico, querido entre os amigos. E para mim, ele significava mais que um relacionamento, era parte do meu ser.
Depois de passada a noite ele resolveu me levar até em casa, nos encontrávamos embriagados, definitivamente não era uma boa condição, por uma besteira as pessoas perdem a vida, mas prosseguimos aquela "aventura" ele não tinha direção do que estava fazendo e eu sorrindo, sorrindo, começamos a trocar palavras carinhosas, fazer brincadeiras. Quando ele olha para a frente enxerga algo vindo em nossa direção, disse que me amava e empurrou-me do carro. Foi uma tragédia.
Já não sei mais qual é o significado da vida depois dele, já tentei me suicidar várias vezes, faço uma série de tratamentos, a situação está um pouco mais calma agora, estive internada durante um bom tempo.
Só quando acontece alguma tragédia, entendemos o que a diferença entre aproveitar a vida e viver descontroladamente.
Um comentário:
Nossa, última frase perfeita!
Beeijos
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