Minha mente em um mundo caótico e repleto de antíteses tenta transcender ao seu limite da imaginação. Figuras mirabolantes, cores diversas, inusitadas formas em um misto de infantilidade e magia. Sem regras ou padrões, o mundo feito através da minha criação seria algo completamente surreal, uma lástima que seja apenas uma utopia, a minha. Seria desnecessário dizer que tudo isso remota da tristeza em que minha alma teima em carregar e esporadicamente surge como um furacão. É uma vida, mas não só uma vida.
Passo horas pensando, me angustiando, criando situações com profundo lirismo, mas de que adianta? Não passará de brincadeiras, uma verdadeira válvula de escape. Volto a desenhar mentalmente, reviro-me sobre a cama. Vou à janela na tentativa de sair um pouco de mim e olhar o próximo. Talvez alguém passe ou quem sabe a canção de alguma coruja me conforte instantaneamente. Nesse humilde silêncio que a noite me proporciona eu alimento sonhos e me aqueço com o seu manto negro, uma verdadeira sublimação. Todas as palavras decompostas que ficam guardadas em minhas entranhas; confesso serem somente minhas e compartilhar seria deixar cada vez mais exposta minha mente, tal como carne para os vermes. E eis o que faço e é ao que me dedico a ser revelada pelos outros, enquanto isso prefiro não acreditar no que sou. Até porque nós como seres curiosos amamos tentar adivinhar o que ocorre em outros pensamentos, soluções para as complicações de outrem são rápidas e prontas, enquanto as nossas vivem penduradas em dívidas. Logo me calo para as minhas, vendo meus olhos para as dos outros e sigo, posso ser considerada fria, mas garanto que não serei mais gélida que essas teorias repugnantes e incapazes de serem feitas por quem de fato sofre.
Retiro-me da janela, e tento dormir.
Passo horas pensando, me angustiando, criando situações com profundo lirismo, mas de que adianta? Não passará de brincadeiras, uma verdadeira válvula de escape. Volto a desenhar mentalmente, reviro-me sobre a cama. Vou à janela na tentativa de sair um pouco de mim e olhar o próximo. Talvez alguém passe ou quem sabe a canção de alguma coruja me conforte instantaneamente. Nesse humilde silêncio que a noite me proporciona eu alimento sonhos e me aqueço com o seu manto negro, uma verdadeira sublimação. Todas as palavras decompostas que ficam guardadas em minhas entranhas; confesso serem somente minhas e compartilhar seria deixar cada vez mais exposta minha mente, tal como carne para os vermes. E eis o que faço e é ao que me dedico a ser revelada pelos outros, enquanto isso prefiro não acreditar no que sou. Até porque nós como seres curiosos amamos tentar adivinhar o que ocorre em outros pensamentos, soluções para as complicações de outrem são rápidas e prontas, enquanto as nossas vivem penduradas em dívidas. Logo me calo para as minhas, vendo meus olhos para as dos outros e sigo, posso ser considerada fria, mas garanto que não serei mais gélida que essas teorias repugnantes e incapazes de serem feitas por quem de fato sofre.
Retiro-me da janela, e tento dormir.
Beijos! Até mais ...
4 comentários:
Belo texto parabens to seguindo ;)
Bom texto.
carpintaria...
Mas isso é de cada um :)
http://martonolympio.blogspot.com
melancólico, bem intenso. gosto do jeito q vc escreve sobre vc ^^
=*
Nossa Roberta, isso é um pouco do que tenho tentado colocar no papel ultimamente. Ficou ótimo esse texto. Parabéns!
Beijos
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