quinta-feira, 19 de maio de 2011

Minha Alma


Por que você é a emoção dessa ração diária da qual me alimento
Tão dura e seca que por vezes cria calos e dói até existir
Não há mais vivacidade que em um corpo cremado
Nem a putrefação condiz,
Pois os vermes fazem a festa nessa cena
Que alma tardia para dizer que sonha
Para pensar que se pode amar
Depois de tanto tempo lacrada e quieta em seu canto
Calma, serena e quase sufocada pelo seu próprio calar
Eu abro meu peito para dignificar minha existência
Em mais uma tentativa de salvar o que sobrou do meu barco
Nessa vida que é só naufrágios e reconstrução

4 comentários:

Lívia Gurgel disse...

Caramba!
"Em mais uma tentativa de salvar o que sobrou do meu barco"
Que essas tentativas nunca acabem. Enquanto houver vida, que haja força pra continuar lutando.

phaelcampos disse...

Falando em naufrágios hoje estréia piratas do caribe! ahusahsu brincando
belo texto, adoro ler suas poesias^^

abraço!

Laura Brandão disse...

A vida é um naufrágio onde, na última hora, só se salva o barco.

Graça Pereira disse...

O recomeçar sempre...é sinal de vida!
Beijo
Graça