terça-feira, 24 de maio de 2011
Um dia de domingo.
quinta-feira, 19 de maio de 2011
Minha Alma
Por que você é a emoção dessa ração diária da qual me alimento
Tão dura e seca que por vezes cria calos e dói até existir
Não há mais vivacidade que em um corpo cremado
Nem a putrefação condiz,
Pois os vermes fazem a festa nessa cena
Que alma tardia para dizer que sonha
Para pensar que se pode amar
Depois de tanto tempo lacrada e quieta em seu canto
Calma, serena e quase sufocada pelo seu próprio calar
Eu abro meu peito para dignificar minha existência
Em mais uma tentativa de salvar o que sobrou do meu barco
Nessa vida que é só naufrágios e reconstrução
domingo, 15 de maio de 2011
Coisas Inalcançáveis
quarta-feira, 4 de maio de 2011
Dilema da Bebida
Cheio de tédio naquele transito infernal
Deseja a liberdade, queria ser uma ave de rapina
A mente está ali para lembrar ‘ Você não é!’
O sinal abre, só que uma parte lhe indica ‘ Há uma forma. ’
Marta está em casa, e você havia prometido não fazer mais isso
É neon demais para se controlar
Olha o relógio, ainda são 18:30
Finalmente decide ir a um bar
Mas se condiciona: ‘Somente um copo... O último!’
‘Depois vou enfrentar a quarentena’
Sua garganta estava seca, tinha 2 semanas que não colocava nada na boca
O médico havia proibido, mas que mal tem?
Vai morrer de qualquer jeito
Pede uma vodka
O suor surge em sua mão ao sentir o copo
Sente seu corpo liberar mais endorfina do que qualquer exercício físico que fez no ginásio
Chegam os amigos, vai-se a grana
‘É muita emoção para uma alma só.’
São risos demais, palavras sem sentido
Começa a achar o nó da gravata apertado
Respira fundo e seu coração palpita, palpita
Quase sem ar você põe a mão no peito
Pede uma água ao garçom
Dessa vez não morreu... Foi apenas um ‘susto’
Pega as chaves
‘Vou p’ra casa. ’
Tenta abrir a porta do carro
‘ Pra que diabos um espaço tão pequeno?’
...
...
‘Porra! Finalmente consegui!’
Seus amigos continuam conversando despreocupados
Senta no banco, sua cabeça roda mais que um pião
‘ Amanhã eu não bebo mais.’
Vomita em suas calças
Dorme com a cabeça no volante
E em algum lugar você lembra
‘ Amanhã começo a quarentena’