domingo, 22 de janeiro de 2012

Henri de Toulouse-Lautrec e o Moulin Rouge de Pierre La Mure


Esse post foi inicialmente colocado no blog Páginas Vermelhas, que também é meu apesar de lá eu escrever com um pseudônimo, então, como eu não venho postando muito no Páginas Vermelhas e achando interessante para esse blog colocar a informação 'de lá pra cá' sobre esse livro maravilhoso! Sejam bem vindos ao Moulin Rouge!

Confesso que há uns dois anos atrás eu não fazia a mínima ideia de quem fosse. Claro que eu já tinha algum conhecimento do pós-impressionismo, porém, nunca havia tido contato com nenhum material que pudesse me transportar para o final do século XIX e início do século XX. Em um belo dia, visitando um sebo da cidade, me deparei com uma raridade sem limites o livro: Moulin Rouge, a princípio eu pensei que fosse encontrar toda aquela fantasia, amor e uma mocinha que morre no final como acontece no filme e ousei levar para casa, porém, a diversão foi absolutamente surpreendente. Esquecendo todo o glamour que permeia nessas telas hoje em dia você vivencia o submundo dos vícios, pobreza e prostituição que circundavam aquela época onde um novo ritmo de dança estava começando a surgir o famoso: Cancan. A obra artística de Toulouse é basicamente a busca pelos movimentos e, através da dança e bailarinas que tanto o fascinava, transportava cores e posições inusitadas para suas telas e cartazes conseguindo chocar a população francesa da época, mas, ao mesmo tempo, abrindo espaço para uma intensa divulgação do Cancan conseguindo, inclusive, projetar determinadas dançarinas ao estrelato dos teatros. Com toda essa alegria que o rodeava havia também a tristeza com a qual sua vida foi envolta, pois, devido a uma distrofia nos membros inferiores seus relacionamentos não foram bem sucedidos, já que, sua baixa estatura provocava aversão nas mulheres, esse paradoxo também é abordado no livro, o que nos faz refletir que inclusive nos grandes artistas consagrados hoje, o preconceito existia no passado. Sua obra a princípio foi considerada vil e repudiada, porém, como começou a elevar o Cancan vários grupos da alta sociedade que cultuavam a arte na época passaram a requisitar sua presença em rodas o que, talvez, levou a Toulouse adotar um estilo excêntrico ao se vestir que, de certo modo, compunha todo o seu vazio e a perseguição pelo material e fútil que existia em sua época.

(As imagens são diferentes por causa da incompatibilidade em redefinir o tamanho)

Toulouse-Lautrec. Le Lit.

Henri de Toulouse-Lautrec possuía descendência nobre e seu pai ansiava que ele tivesse sido um cavalheiro que fosse a sua semelhança, porém, com a distrofia nos membros inferiores, o rumo desse jovem foi modificado, pois, com isso, passou a dedicar maior parte do seu tempo a arte.

Toulouse-Lautrec. Na Cama - Um Beijo.

Toulouse-Lautrec. La Toilette, 1896.

O livro foi escrito por Pierre La Mure que, por sinal, retrata de forma exímia as características e emoções presentes na vida desse artista que foi rodeado por outros ilustres nomes como Van Gogh e Oscar Wilde.

2 comentários:

Arquitetura disse...

Nnnão podemos esquecer o grande momento que Lautrec participou "art nouveau" início de uma nova forma de arte que até os dias de hoje mantem influencia consideravel.
Parabens pelo texto.
Henry

Michelle Borges disse...

Olá!

Não conhecia o seu blog e "esbarrei" nee enquanto fazia uma rápida pesquisa sobre o Toulouse-Lautrec! Gostei bastante do post e da resenha!

Seu blog é bastante interessante e pelo que pude ver pelo que escreveu em seu perfil, temos em comum o fato de gostar de "A Sombra do Vento", do Carlos Ruiz Zafón. Desde já, digo que adorei o blog e que vou seguir, tá?

Abraço,

Michas
http://michasborges.blogspot.com