quinta-feira, 25 de junho de 2009

Cotidiano


Há 7 dias atrás estava super ansiosa desejando férias e cá estou eu 7 dias depois, parecendo uma sedentária. Devorando música a torto e a direita e comida também. Viciada em Marissa Nadler, a voz dela é tão doce e fantasmagórica, algo extremamente fascinante. Podem escutar! Mas sim, essas férias estão um verdadeiro tédio, não sei o que é pior se é aula ou ficar dessa forma, estou super enjoada da minha cidade! Vivo praticamente no meu quarto, isso me dá certa calma.
Pintei duas telas (sou uma mera aprendiz, nada de esperar telas parecidas com a de Monet, Picasso... chegam nem perto) e estão penduradas no meu quarto, alguém tem que aguentá-las, nem que esse alguém seja eu mesma. Tenho que comprar tintas, telas, arranjar um local onde tenha poucas pessoas para pintar alguma paisagem, quero fugir do ambiente do meu quarto, talvez apareça boas idéias e vontade de fazer algo "concreto".
Estou lendo Meu Nome é Vermelho - Orhan Pamuk pretendo terminar essa semana ou no domingo, contanto que seja antes de segunda !
Hoje meu irmão está preparando a comida, só quero ver como vai ficar, o garoto promete está deixando salgada só pq eu disse que gostava, se ficar puro sal não sei o que será de mim! Agora imagine ele com 15 anos sabe cozinhar, eu aqui irmã mais velha um desastre. Não sei a quem ele puxou ... hahaha


Beijos pessoal!

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Eu e a Razão


Aonde se encontra minha Razão? Outro dia a encontrei bordada de flores com seus mais favoritos doces, sorrindo açucaradamente para mim em um misto de paixão e renegação, seu olhar intuía que tudo não passava de uma brincadeira, era só seguir, continuaria lá com seus desejos infantis. Sentada em um balanço, o sorvete na mão, observando o céu de tal forma que parecia absorver todas as imagens para sempre. Não podia acreditar naquela situação, algo cômico pra falar a verdade, como pode a razão ser tão dispersa dessa forma? Sentei em um banco perto do canteiro de orquídeas, permaneci observando a minha razão: tão simples, tão infantil...
Ela rapidamente saiu daquele transe. Veio em minha direção. Sentou-se ao meu lado. Esbanjou seu sorriso mais irônico possível- sorria da minha provável cara de espanto. Completando com as suas costumeiras frases: "Tu senhora sem amigos, doces ou canções. Desejas tanto a mim sem saber o que posso lhe causar, fica sempre com esse ar patético, achando que a minha presença poderá te fazer crescer. Sendo que eu mesma jamais poderei fazer isso. De que adianta ter a mim quando não sabe nem viver? De que adianta ter a mim quando não sabe nem as dores que cada esquina lhe reserva? Desse jeito querida, tu vais continuar sem nada. Pois eu, sua Razão, chegarei laçada com todas as coisas que foram compostas na vida e não absorvida por um olhar instantaneamente. Vê se aprende!". Levantou-se. Sumiu.
Eu estava pedindo por isso, sempre a observar aquela criatura tão almejada e nunca poder tê-la, esse amor platônico, talvez um pouco de vida faça-me esquecer dela e talvez ela calmamente chegue a mim. Talvez... Quem sabe? Quem sou eu para duvidar da Razão?!

quinta-feira, 11 de junho de 2009

E assim a vida segue ...


Como vocês podem ver nos meus posts mais antigos possuem algumas poesias (pelo menos é o que parece), então nessa brincadeira um colega meu achou super legal as coisas que escrevo e resolveu enviar pra uma banda na cidade dele, mas nesse vai-e-vem conversávamos sobre isso e eis que surge um garotinho que se propôs a transformar meus humildes versos em música, vamos fazer "n" reformas para tentar se adequar aos parâmetros e ficar com uma sonoridade melhor ( e fácil de ser memorizada), vamos fazer um enorme sucesso! hahahaha
Mas enquanto segunda não chega tenho que aproveitar o feriado da melhor forma, e qual seria? Estudando, é claro! Pois é, mas próxima semana eu estarei de férias e ficará tudo muito colorido e sabem o que eu irei fazer nelas? Estudar e ler, ler e estudar, longe do colégio tudo fica perfeito! Mas até a próxima semana tenho que fazer 15 provas em 3 dias. Ê vidinha...
Ultimamente eu estou achando um caco as coisas que eu escrevo, na verdade eu estou um caco e com isso minhas metáforas não ficam a flor da pele, não me condeno por isso, melhor do que escrever textos reflexivos com zero de imaginação e com a mesma linha de pensamento que milhões pessoas, quando não é inovador torna-se deprimente, pelo menos eu considero. Mas é sempre assim: um dia eu não gosto, no outro sim... É bom que diversifica.
Meu colégio e os militantes fiascos, onde já se viu propor uma passeata e a pessoa não se corresponde com quem aceitou a proposta e pra começar passou por papel para quem estivesse disposto assinar, sem se mostrar ou comentar sobre suas idéias. É cada pataquada que me acontece!


Beijocas!

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Efemeridade


Madrugada. Aula sete horas e eu nessa bendita internet, fazendo nada( pra variar). Essa cidade onde chove e faz calor simultaneamente, um verdadeiro terror! Não agüento mais, necessito de um pouco de frio (quem dera!), isso é o que acontece quando se mora perto da linha do equador.
Minha coluna dói e creio deitar daqui a pouco por conta disso, como seria bom poder não envelhecer ( ainda suspeito ter síndrome do Peter Pan, mas enfim). Como tudo passa tão rápido, já vou fazer 19 anos ( dia 30), que horror! Ainda me sinto como uma garota de 16, nem sei nada da vida ainda ( faz carinha de anjo) e creio que nunca saberei, afinal quem de fato sabe ? Mas esse tempo, poxa leva tudo, passa tudo! Nem sobra tempo para respirar! Como desejaria está na Terra do Nunca!
Minhas idéias a mil e uma estrelinhas saltitantes suspeitam da mais nova invenção. Aguardem, não irei comentar... as notícias correm rápido na rede ! xD
Dia dos namorados perto, cada vez mais perto e eu já tenho um projeto de relacionamento. Ele é bem alimentado, tem uma casa e passa bem, obrigada.
Quero ir embora, vou pra dentro da caixinha colorida!
Essa pirralha que vos fala, está com mais tédio que vaca perdida no pasto, e eis que surge um lado que meus caros leitores super cultos e adorados creio não conheciam ...
Essa moçinha de várias faces e estilos promete na próxima vez voltar com um text super decente! Até lá usufruam dessa panqueca atômica de urânio e polônio!


Até mais! Beijocas...

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Pensamento distante


Minha mente em um mundo caótico e repleto de antíteses tenta transcender ao seu limite da imaginação. Figuras mirabolantes, cores diversas, inusitadas formas em um misto de infantilidade e magia. Sem regras ou padrões, o mundo feito através da minha criação seria algo completamente surreal, uma lástima que seja apenas uma utopia, a minha. Seria desnecessário dizer que tudo isso remota da tristeza em que minha alma teima em carregar e esporadicamente surge como um furacão. É uma vida, mas não só uma vida.
Passo horas pensando, me angustiando, criando situações com profundo lirismo, mas de que adianta? Não passará de brincadeiras, uma verdadeira válvula de escape. Volto a desenhar mentalmente, reviro-me sobre a cama. Vou à janela na tentativa de sair um pouco de mim e olhar o próximo. Talvez alguém passe ou quem sabe a canção de alguma coruja me conforte instantaneamente. Nesse humilde silêncio que a noite me proporciona eu alimento sonhos e me aqueço com o seu manto negro, uma verdadeira sublimação. Todas as palavras decompostas que ficam guardadas em minhas entranhas; confesso serem somente minhas e compartilhar seria deixar cada vez mais exposta minha mente, tal como carne para os vermes. E eis o que faço e é ao que me dedico a ser revelada pelos outros, enquanto isso prefiro não acreditar no que sou. Até porque nós como seres curiosos amamos tentar adivinhar o que ocorre em outros pensamentos, soluções para as complicações de outrem são rápidas e prontas, enquanto as nossas vivem penduradas em dívidas. Logo me calo para as minhas, vendo meus olhos para as dos outros e sigo, posso ser considerada fria, mas garanto que não serei mais gélida que essas teorias repugnantes e incapazes de serem feitas por quem de fato sofre.
Retiro-me da janela, e tento dormir.
Beijos! Até mais ...